segunda-feira, 27 de julho de 2015

MANUAL DE COMPRA - VOLVO C30


Por Pedro Ivo Faro


Algumas pessoas têm a sorte de poderem comprar um carro mais pela diversão, estilo ou desempenho que necessariamente por outros aspectos como espaço interno, economia de combustível ou volume para bagagem. Representantes assim estão no segmento dos importados premium. No segmento de entrada, há algumas opções, como os BMW série 1 ou os Audi A3. Mas, se a opção for por custo-benefício, olhe com carinho para um Volvo C30. 


Descolado para os padrões da Volvo, o hatch alia uma série de boas características, desde que o comprador não tenha que fazer contas o tempo todo.

ARROJADO

Uma das características mais chamativas do C30, definitivamente, é o seu estilo. Se a dianteira tem a sobriedade dos Volvo, a traseira é puro arrojo, com as lanternas que emolduram o vidro de trás: este basculava para dar acesso ao porta-malas, de apenas 224 litros. A dianteira foi atualizada em 2010, ganhando anova grade trapezoidal da marca sueca.


HAJA CORAÇÃO, AMIGO!

Em três motorizações diferentes, o C30 agrada em qualquer uma delas. A de entrada traz um 2.0 Duratec da Ford (a Volvo nesta época era anexada à marca), igual ao do Focus, de 145 cv. Já a versão intermediária tinha um 2.4 de 170 cv, e a top, chamada T5, tinha um 2.0 turbo de 220 cv. As duas últimas tinham motores de cinco cilindros. 

QUESTÃO DE CÂMBIO

O 2.0 tinha câmbio manual, enquanto que o 2.4 tinha um automático de cinco marchas. O T5 tinha um automático também, mas em 2008 ganhou a opção de transmissão manual – que só durou até 2009. Neste mesmo ano o 2.0 ganhou o câmbio Powershift da Ford, de dupla embreagem e seis marchas.

EQUIPADO

Outro destaque vem para a lista de equipamentos. Prezando pela segurança como todo bom Volvo, desde o 2.0 já vinham  ABS, EBD, seis airbags e cinco estrelas no crash test da Euro NCap. A versão seguinte agregava  sensores de ré, controle de tração, ar-condicionado bizona, bancos com regulagem elétrica, teto solar e rodas aro 17. E o recheado T5 trazia o Blis (informa carros nos pontos cegos), controle de estabilidade, som Dynaudio com 12 alto-falantes e disqueteira, faróis bixenônio, retrovisores retráteis, sensor de chuva e de ré, teto solar e bancos elétricos.


FIQUE DE OLHO!

Robusto, o C30 tem alguns itens que merecem atenção. Além de ser um pouco difícil de achar peças fora da autorizada, há mais alguns detalhes. Eis eles:
- Ignição inoperante ou com falhas pode ocorrer devido ao mau contato dos conectores, provocado pela remoção do módulo durante a substituição do filtro do ar-condicionado.
- Confira o estado de  buchas, pivôs, bieletas e batentes dos amortecedores na dianteira. Em especial, cheque as buchas de apoio da barra estabilizadora, que podem aumentar a rolagem da carroceria e gerar ruído.
- As pastilhas de freio, em especial nos automáticos, podem ser exigidas em demasia. Uma revisão normalmente sai mais de R$ 2 mil na Volvo.
- No T5, olhe com cuidado o turbo. Fumaça em excesso durante a marcha lenta ou as trocas de marcha pode indicar desgaste acentuado nele, e o reparo pode superar os R$ 5 000.
- O protetor de cárter não vinha de fábrica, mas era vendido na rede de concessionárias por preços altos demais. Confira se ele está presente e, se não estiver, quais foram os danos ao assoalho.
- Apesar do 2.0 parecer uma ideia tentadora, prefira os 2.4 e T5, pois no 2.0 é difícil achar uma equivalência de preços. Na prática, as peças dos outros dois são mais fáceis de achar e não têm diferença tão grande nos preços. 

PREÇOS

Um T5 automático ano 2008 sai na faixa de R$ 52 mil. Mesmo preço de um BMW 120i de mesmo ano, mas com 70 cv a mais. Ótima escolha, portanto.

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