segunda-feira, 24 de agosto de 2015

MANUAL DE COMPRA: JETTA VARIANT


Por Pedro Ivo Faro


Seguimos com nossa indicação de peruas. Nunca é demais ressaltar o esquecimento pelo qual o segmento anda passando no Brasil; com a moda dos SUVs compactos as peruas se tornaram opções familiares "de nicho", mais dinâmicas e esportivas, para pais de família que precisam de espaço para bagagem e pessoas. O sopro de vida veio com a chegada recente da Golf Variant. E na Jetta Variant, sua antecessora imediata, uma ótima notícia: a esportividade é de série!


FIQUE AO VOLANTE

A Variant é tão boa de dirigir quanto o Jetta. O acerto de direção e suspensão (que é independente nas quatro rodas com sistema multilink na traseira) convida a uma tocada mais esportiva sem sacrificar o conforto a bordo. Além de ser ótima de curvas, tem o lado familiar: nos 505 litros do porta-malas cabem muita coisa e o entre-eixos de 2,58m proporciona conforto para quatro pessoas. 

UM SÓ CORAÇÃO

Diferente do irmão sedã, a Jetta Variant só teve um (ótimo) motor em seu ciclo no Brasil, que durou de 2008 a 2013. O cinco-cilindros 2.5 de 170 cv e 24,5 kgfm de torque (mais um 'senhor' ronco), em conjunto com o câmbio automático de seis marchas, é mal-intencionado: canta pneu até em segunda marcha. E o consumo não é ruim, com média de 9 km/l na cidade.

DUAS FRENTES

A Variant teve duas dianteiras diferentes, ao contrário do sedã. A primeira durou de 2008 até 2010, quando era igual à do Jetta. A partir de março daquele ano veio a nova geração, com frente remodelada e painel que se diferenciava do sedã. Isso ocorria pois ela herdava as linhas da sexta geração do Golf alemão, enquanto o sedã continuava na quinta. 

Frente remodelada e novo interior chegaram em março de 2010

(BEM) RECHEADA

A lista de equipamentos da Variant é de fazer o pretendente a dono abrir um sorriso: além do ótimo acabamento, ele ainda tem ar-condicionado dual-zone, além dos triviais trio elétrico e direção elétrica, rodas aro 17 e revestimento interno em couro. Ainda havia opcionais exclusivos, como acionamento automático dos faróis e do limpador de para-brisa, retrovisor interno fotocrômico e teto solar panorâmico com acionamento elétrico. Nas da segunda geração o display do rádio passou a ser touch-screen, que englobava também os comandos do ar-condicionado.

FIQUE DE OLHO

A Variant tem a tradicional robustez mecânica dos Volkswagen, com a única ressalva para o preço das peças, que às vezes só são encontradas nas autorizadas – portanto, mais caras. Fora isso, cheque os seguintes itens:
- Confira se o display do ar digital mostra as informações, e se ele gela direito. Se o compressor estiver travado, a troca passa dos R$ 2.000,00.
- Se o freio fizer ruídos em piso irregular, podem ser as presilhas de fixação das pastilhas. A troca sai, em média, por R$ 24,00.
- A caixa de direção pode apresentar ruídos, ainda que esse defeito seja raro. E caro: mais de R$ 3.000,00!
- Desconfie de carros com marcha lenta irregular ou estouros no escape. Isso vem de serviço mecânico mal-feito.
- Rodas dianteiras vibrando após o balanceamento apontam desgaste das trizetas da transmissão Nos casos simples basta substituir o suporte do rolamento (R$ 2.037,00), mas nos mais graves é preciso trocar os semieixos (R$ 1.688,00 o direito).

PREÇOS

Com boa oferta no mercado de usados, qualquer ano-modelo da Jetta Variant é uma boa compra. Uma 2009, por exemplo, sai por R$ 42.000,00 em média. Por um preço que não daria para comprar uma SpaceFox leva-se um carro maior, mais potente e que anda (muito) mais.

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